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Foi num jantar, depois de alguns copos, que Thomas Cecchetti, Marco von Ritter e Yann Rotundo decidiram abrir um restaurante juntos. Desde Julho que o Pippo mora na Rua Santos-O-Velho, mas só em Outubro é que abriram oficialmente as portas. É um lugar descontraído, onde se pode ir petiscar e beber um vinho ou um cocktail. E sem grandes pressas para sair da mesa. As influências são tal e qual os proprietários, tanto portuguesas como italianas. Destacam-se os pratos para partilhar, entre eles as pizzetas.
Os pais são italianos, mas Thomas nasceu e cresceu em França. Fez os estudos em gestão e finanças, área na qual trabalhou em Roma e em Bruxelas. Depois, voltou para Itália, desta vez para Milão. Nessa altura, percebeu que não queria mais estar atrás de um computador. Com a namorada, com quem estava na altura, mudou-se para Biarritz e abriu uma food truck de pizzas. Depois da pandemia, abrira a pizzaria Trallallà, que já conta com dois espaços. Biarritz, no entanto, revelou-se demasiado pequena e Thomas acabou por vir para Lisboa.
“Moro na Lapa e passava sempre na Rua da Esperança, que na altura não era tão cool como é agora. E o Marco dizia sempre ‘sinto que esta rua tem qualquer coisa’. Então, um dia, passámos em frente a um sítio que estava à venda e comprámos o espaço. Fizemos tudo, as paredes, o chão…Depois de três, quatro meses, abrimos como bar de vinhos e petiscos”, recorda Thomas acerca do Ippolito, o bar de vinhos que abriu com Marco na Rua da Esperança, em 2021. Entretanto, fechou e abriu na Ericeira.
Apesar de estar feliz em Lisboa, o proprietário não deixa de sentir saudades dos tempos em que viveu em Itália. E abrir o Ippolito foi, de certa maneira, uma forma de preencher esse vazio. “Foi super cool, para toda a gente que morava aqui, tornou-se o bar do bairro, como na Itália. Eu sinto muita falta disso aqui – a praça onde a gente fica, onde falas com as pessoas. Tens, mas não é a mesma energia”, diz. “Em Itália, vês velhotes e jovens que vão jantar fora e vão beber um copo porque gostam disso. Era isso que queríamos fazer. No início, tínhamos uma clientela muito italiana, a comida também era italiana. Depois, pouco a pouco, tivemos portugueses, expats e turistas.”
Aqui, no número 16 da Rua Santos-O-Velho, um pouco mais abaixo de onde morava o Ippolito, estamos no Pippo. O restaurante abriu com a mesma vontade de trazer o espírito italiano à cidade, mas com uma outra curadoria. O espaço é descontraído e rústico e, tal como aconteceu no bar de vinhos, também foram os proprietários que trataram das remodelações. As peças de mobiliário dão um ar vintage – muitas delas são únicas e foram compradas na Feira da Ladra por Marco. Segundo conta Thomas, o sócio é “um louco do design” e, todas as semanas, é costume ver coisas novas a decorar o espaço, quer sejam fotografias nas paredes ou um qualquer objecto na prateleira da parede do bar.
Na cozinha é onde encontramos o luso-suíço Yann Rotundo, o terceiro co-proprietário, que tem ainda um outro restaurante na mesma zona – o bistrô Maluca. No Pippo, a carta é pequena e rege-se pela sazonalidade e qualidade dos ingredientes. “Não somos fancy. A comida é a nossa imagem. São coisas simples, ingredientes simples, não há nada demais. Queremos pôr no menu quem nós somos”, realça Thomas. E, dos snacks às sobremesas, a ideia é partilhar.
Começamos com um pão de fermentação natural, acompanhado de manteiga de alho e manjericão (4,50€), um guacamole de brócolos com dips (4,50€) e bolinhas de parmesão, tomate san marzano e anchova (3,50€). De seguida, passamos para pratos um pouco mais compostos, como a beringela em molho “tonnata”, à base de maionese e atum, tipicamente utilizado com vitela, e aneto (12€); a alface romana com queijo pecorino (7€); e o crudo de atum com molho de tomate e habanero (12€). Há ainda sardinhas com stracciatella fumada e pêssego (13,50€).
Apesar das influências italianas, no Pippo não há pizzas. Há antes pizzetas, confeccionadas com farinha Petra, de fermentação longa e feita artesanalmente com uma mistura de cereais, o que lhe confere um sabor e crocância distintos. As variedades são cinco: carbonara, provala fumada e guanciale (11€), almôndegas de atum fresco, tomate e beringela (14€), tomate vermelho e amarelo, provola fumada e pesto (10€), creme verde, kale e stracciatella fumada (12€) e porchetta, pickles e molho de salsa (13€).
Nas sobremesas, há mascarpone e yuzu (7€) e cheesecake de pistáchio e manjericão (7€). No bar, aposta-se nos vinhos naturais, a maioria é de origem portuguesa, mas também há italianos, franceses e até austríacos. Entre eles, o NaTalha, do Alentejo, o Alveirão, da região vitivinícola do Tejo, o Manuel de Santa Maria, de Setúbal, e depois outros da Toscana, de Champagne ou Sicília. A cerveja artesanal (5€) também entra na carta, bem como algumas propostas de cocktails, como o vodka, lima e kafir (10€), o espresso negroni (10€) ou o gin, lima e verbena (10€).
Por enquanto o Pippo só abre ao jantar, mas Thomas conta, talvez já no próximo ano, abrir mais cedo à sexta-feira, sábado e domingo, com brunch. Para já, fica-se pelo balcão do bar ou pelas mesas, cá dentro ou lá fora, a petiscar e beber um copo ou a comer uma pizzeta.
Rua Santos-O-Velho, 16 (Santos). 21 581 5429. Qui-Seg 18.00-00.30
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