No período de um mês, abriram pelo menos duas novas livrarias no centro de Lisboa. Enquanto em Arroios duas italianas inauguravam a Piena, Adelaide e Stevan Nikolic abriam as portas da Miosótis, uma livraria de bairro entre o Arco do Cego e a Alameda. Ela portuguesa, ele americano com origens na antiga Jugoslávia, já tinham lançado em 2017 uma editora, a Adelaide Books, com sede em Nova Iorque e sob a chancela da revista literária Adelaide Literary Magazine.
Em 2019, mudaram-se ambos para Lisboa, e a sede da Adelaide Books passou a estar dividida entre as duas cidades. “Lá publicamos em inglês, às vezes noutras línguas também. Cá publicamos português, autores nacionais, traduzidos”, resume Adelaide. Só que a sede lisboeta, em Campo de Ourique, rapidamente se tornou pequena para albergar os livros que a editora publicava e o espólio de livros em segunda mão – alguns raros e com um preço considerado proibitivo (“Não são para todos os leitores, mas há público”, garantem). Quando encontraram disponível o espaço da antiga Papelaria Fernandes, na Avenida Rovisco Pais, junto ao Instituto Superior Técnico, não pensaram duas vezes.
Mariana Valle LimaAdelaide quis manter as estantes originais da livraria que ali existia nos anos 50.
A ampla livraria tem à entrada o grosso da selecção de livros para adultos. À esquerda está uma estante que destaca as edições da Adelaide Books e subindo os degraus descobre-se um corredor com uma generosa selecção de livros usados. Mais à frente há um espaço dedicado à literatura infantil e, ao fundo, há ainda uma galeria de arte que agora mostra obras da pintora ucraniana Marita Vaskova.
“Uma das coisas que sentíamos como pequenos editores era que tínhamos bastante dificuldade em ter alguma visibilidade nas livrarias”, comenta Adelaide. “Temos vários projectos deste género aqui representados, editoras de nicho, de poesia, que têm dificuldades em ter os livros tão visíveis porque não são comerciais”. “Livros em mirandês”, por exemplo, é um dos destaques que está em evidência abaixo do letreiro em plena rua. Adelaide diz que desde que abriram portas, em Junho, já venderam alguns. “Causa bastante curiosidade precisamente porque não está normalmente representado nas livrarias. E se [os livros] não estiverem visíveis as pessoas acabam por nem conhecer nem comprar”.
Mariana Valle Lima
É na base da troca de conhecimento e nas relações pessoais que a responsável pela Miosótis – que não tem qualquer ligação ao supermercado homónimo na mesma zona – acredita que as livrarias independentes podem subsistir nas cidades. A diferença está “na relação que criamos com as pessoas”, indica. “Depois destes anos meios esquisitos que tivemos, as pessoas dão agora algum valor a este relacionamento de proximidade que num franchising nem há tempo, porque é tudo mais rápido”.
Avenida Rovisco Pais, 14 A (Arco do Cego/ Alameda). Seg-Sáb. 11.00-19.00
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