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Numa breve consulta ao Portal da Queixa, na área dedicada ao Metropolitano de Lisboa (ML), podem ler-se os seguintes comentários: «Escadas rolantes permanentemente avariadas. Uma vergonha!», «A saga continua, mais 19 escadas e elevadores avariados», ou «Verifica-se, há meses já, a indisponibilidade nas escadas rolantes no metro da Alameda. Verifica-se também, vai já para dois meses, a indisponibilidade do elevador na estação da Encarnação, na plataforma sentido Aeroporto assim como, não poucas vezes, das escadas rolantes do piso intermédio nessa mesma estação».
Não são apenas as acessibilidades, relacionadas com elevadores e escadas rolantes, a motivar as reclamações, mas este é um assunto antigo, persistente e incómodo, sobre o qual a empresa decidiu enviar um comunicado às redacções em jeito de balanço. «Na verdade, o Metropolitano de Lisboa tem vindo a ser recorrentemente confrontado com dificuldades ao nível da resposta das empresas contratadas e responsáveis pelos serviços de assistência e manutenção quer em termos de recursos humanos e competências técnicas quer de disponibilidade de peças e equipamentos de substituição», assume o Metropolitano de Lisboa, alegando, ainda assim, não estar parada. A entidade «promove, em permanência, a procura de novas soluções de contratação e de modelos de serviços de assistência e manutenção, que possam tirar partido de novas tecnologias, de melhores sistemas de gestão e monitorização centralizada e de melhorias nos indicadores de desempenho contratuais», justifica-se a empresa.
A ML vai, por isso, lançar um concurso para conseguir implementar um novo modelo de assistência técnica nas áreas da acessibilidade (elevadores, escadas e tapetes rolantes) «em duas das suas estações de maior procura». A ideia é que o investimento empregue ao longo dos últimos seis anos, de 22,5 milhões de euros, não se dê por perdido.
Os custos, detalha a empresa, estão relacionados com a «instalação, substituição ou modernização de elevadores, escadas e tapetes mecânicos», num total de «39 elevadores e 33 escadas mecânicas», no âmbito de um «programa de modernização com uma escala e um volume de investimento sem paralelo no passado recente». Os resultados, no entanto, ainda não são visíveis na plenitude, longe disso. Na estação Baixa-Chiado (na saída para a Baixa), por exemplo, os trabalhos de manutenção nas escadas mecânicas continuam. Na Alameda, há elevadores que não funcionam. No Cais do Sodré, a circulação é difícil. A previsão é de que, no final de 2025, 52 das 56 estações tenham «acessibilidade plena», comunica a empresa, repetindo o que já havia anunciado à Time Out em Abril, após ter sido questionada sobre as intervenções de manutenção nas diferentes estruturas de acessibilidade da rede.
Esta semana, um artigo do jornal Público abordava a questão da acessibilidade na rede do metro, traçando um balanço: «Há 39 escadas rolantes avariadas, quando eram 26, no ano passado. Os elevadores imobilizados passaram de 16 para 22″. São «cerca de 19% de elevadores inoperacionais e quase 16% de escadas mecânicas e tapetes rolantes em igual condição», continua o artigo, apontando para «uma média bem pior do que a apurada pelo Público, em Agosto de 2023″. Quanto às escadas, especificamente, a empresa estima que “cerca de 60% deste equipamento” esteja “em funcionamento pleno até ao final do próximo mês”.
Além das dificuldades reportadas pela ML quanto à resposta das empresas de manutenção contratadas, há também naturais casos de avaria, desgaste, falta de stock de peças específicas no mercado ou vandalismo.
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