
Morreu Jesus Lee Fernandes, fundador e rosto do restaurante Jesus é Goês, junto à Avenida da Liberdade. Tinha 44 anos. A notícia chegou esta quinta-feira, através das redes sociais – plataforma utilizada por amigos e colegas de profissão para lamentar a morte do cozinheiro. As causas da morte são, ainda, desconhecidas.
“Ele trouxe uma perspectiva mais actualizada da cozinha indo-portuguesa para a cena culinária da cidade, além de ser um amigo, uma pessoa muito afável que fazia pontes com muita gente, que juntava pessoas à volta dele”, diz à Time Out o chef André Magalhães, da Taberna da Rua das Flores e do Antiga Camponesa.
Jesus Lee – nome memorável dado pelo pai, um admirador do actor Bruce Lee, e pela mãe religiosa – vai ficar na história da gastronomia goesa em Lisboa. Depois de vários anos na cozinha do Tentações de Goa, na Mouraria, o cozinheiro (com mão para o picante) voltou à sua terra natal para aprender mais sobre a comida goesa com a mãe.
No regresso, em Fevereiro de 2013, abriu o pequeno Jesus é Goês, hoje uma referência na cidade. Nesta cozinha, Jesus Lee Fernandes criou uma ementa de clássicos, com destaque para as chamuças, o xec xec de caranguejo, o sarapatel e o xacuti de cabrito.
O restaurante está encerrado esta quinta-feira, dia 6 de Abril.
+ O reinado do pudim abade de priscos de Miguel Oliveira não pára de crescer
+ Com Vittorio Colleoni nos comandos, a Tasca da Memória vira-se para a alta cozinha