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Programa BIP/ZIP é alargado para projectos de longa duração

todaynoviembre 7, 2024 4

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Programa BIP/ZIP é alargado para projectos de longa duração

A 1 de Novembro, a vereadora da Habitação, Filipa Roseta, anunciava: «Vamos fazer os BIP/ZIP de longa duração. Podem ir até seis anos de apoio às associações que estão no terreno». A declaração surgiu em entrevista ao Público, sobre os problemas em bairros municipais e da periferia, quando a responsável explicava a «alteração brutal» pela qual iria passar o programa que apoia financeiramente projectos em bairros e zonas de intervenção prioritária em Lisboa.

A decisão de acrescentar ao BIP/ZIP uma parcela destinada a projectos de longo prazo foi aprovada na reunião de câmara de quarta-feira, 6 de Novembro. Ao mesmo tempo, foi aprovada uma dotação orçamental de cerca de cinco milhões de euros para o período 2024-2027, «o maior» desde a sua criação, segundo refere a autarquia em comunicado. Através da sua nova dimensão, a que a Câmara Municipal de Lisboa (CML) chamou Ecossistema, o programa «continua a dar resposta a necessidades conjunturais», mas passa também a reagir a «necessidades estruturais sentidas por entidades que trabalham nestes territórios há pelo menos 10 anos».

Um «serviço complementar à Câmara»

«A edição de 2024 irá abranger 52 candidaturas de entidades que intervêm em 51 dos 67 territórios de Lisboa com necessidades prioritárias», informa a CML, detalhando que o investimento será repartido por 364 actividades e 168 entidades, entre as quais 11 juntas de freguesia. No ano anterior, por sua vez, foram 37 os projectos apoiados.

Até agora, os apoios do BIP/ZIP eram anuais. A maior amplitude temporal, na visão de Filipa Roseta, vai permitir a criação de «mais oportunidades de desenvolvimento social, económico e comunitário, apostando na empregabilidade, na educação, na prevenção e acompanhamento de saúde e no apoio directo aos mais vulneráveis”. Os apoios prolongados serão dados a associações escolhidas pela CML, «que trabalham há muito tempo no terreno», explica a vereadora em comunicado.

«O que estamos a dizer a estas associações é: ‘Precisamos de vocês, como um serviço complementar à Câmara. E não têm de se estar a candidatar sempre e a inventar coisas de ‘ignição’, porque o vosso trabalho, neste momento, é permanente, para trabalhar com as populações'», havia referido antes a responsável, em entrevista ao Público.

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