O restaurante é espaçoso e luminoso, inspirado num “grand café” parisiense. É possível entrar pelo lobby do hotel, também ele amplo e elegante, mas há uma entrada directa numa zona toda ela renovada, entre o Centro de Congressos e o Hyatt Regency, que durante muito tempo se pensou que seriam apartamentos. É um hotel, o primeiro da marca em Portugal, com serviços pensados para conquistarem também os lisboetas, como é o caso do ginásio, do spa e do Viseversa.
Francisco Romão Pereira
A inspiração é assumidamente parisiense, mas na cozinha quem manda é o chef Ricardo Leite, que estava anteriormente no Alma Nómada, em Porto Côvo. Antes disso, Ricardo Leite já tinha passado pelas cozinhas do LOCO de Alexandre Silva, da Bica do Sapato de António Bóia, do Feitoria de João Rodrigues, e do Belcanto de José Avillez. À frente do Viseversa, o chef pensou numa carta que não se limitasse à influência francesa. “Existe um bocadinho comida de todo o lado, mas sempre com um toque francês”, diz-nos Margarida Fidalgo, responsável de comunicação e marketing do Hyatt Regency Lisboa, explicando que a ideia é que a carta funcione ao longo do dia. “É um all day dining.”
Francisco Romão PereiraHummus de cenoura grelhada
Para partilhar, há pratos como hummus de cenoura grelhada com cebola caramelizada e tostas (12€), camembert no forno, com frutos secos, mel e tostas (17€), ou um atum dos Açores laminado (21€). Mas também tartelete de queijo de cabra com cogumelos boletos, pinhões, tomate seco e molho pistou (17€), e mexilhão à belga, que acompanha com batata frita (18€). As habituais saladas também fazem parte do menu, como a César (16€, mais 5€ para adicionar frango ou mais 7€ para acrescentar camarão), bem como os ovos, as sandes e os hambúrgueres.
Francisco Romão PereiraPeixe do dia estilo meunière
Nos pratos principais, destaca-se o peixe do dia estilo meunière, com limão, alcaparras, espargos e puré de batata aveludado (28€) e o le coq au vin (24€), ou seja a galinha cozinhada com vinho tinto, cogumelos, chalotas e batatas, sendo a carta, como se consegue perceber, bastante ecléctica.
Francisco Romão PereiraLe coq au vin
“As pessoas gostam muito de estar aqui, até porque não há muita coisa na zona”, conta Margarida Fidalgo, revelando que o restaurante do hotel tem sido muito procurado por famílias. Ainda assim, são os turistas aqueles que mais acabam por se sentar. “É algo que está a mudar, mas às vezes as pessoas locais têm receio de entrar em hotéis.”
Francisco Romão Pereira
Poderá ajudar a combater isso a esplanada com vista para o rio e para a ponte 25 de Abril, mesmo que só para um copo – e a aposta no bar é grande com uma carta de cocktails forte, é disso exemplo o apples & tea (14€), com gin, earl grey, maçã e canela, ou o fruity mexican (16€), com tequilla, aperol, ananás, lima, agave.
Ainda este ano, abrirá um segundo restaurante, ainda no segredo dos deuses.
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